Em março do ano passado, o Ministério divulgou a portaria 424, que redefine as diretrizes para a organização da prevenção e do tratamento do sobrepeso e obesidade como linha de cuidado prioritária da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas. O fato é que, na prática, praticamente nada foi feito. Colocar a portaria em prática depende de um trabalho integrado entre o Ministério e as secretarias estaduais e municipais de saúde, para traçar planos regionais de ação. Enquanto isso não ocorre, assistimos ao crescimento vertiginoso do sobrepeso e obesidade no país.
“Vale lembrar que a pesquisa é feita por telefone e as pessoas costumam subestimar seu peso, o que significa que este número deve ser muito mais alto do que o levantamento aponta”, salienta a diretora da Abeso, Maria Edna de Melo.
Já a obesidade atinge o percentual de 17% da população, ante 11% em 2006. O aumento atinge tanto a população masculina quanto a feminina. Na primeira edição da pesquisa, 11% dos homens e 11% das mulheres estavam obesos. Atualmente, 18% das mulheres estão obesas. Entre os homens, a obesidade é de 16%.
O estudo retrata os hábitos da população e seria um importante instrumento para desenvolver políticas públicas de saúde e estimular os hábitos saudáveis, mas depende de ações mais efetivas.
Já a obesidade atinge o percentual de 17% da população, ante 11% em 2006. O aumento atinge tanto a população masculina quanto a feminina. Na primeira edição da pesquisa, 11% dos homens e 11% das mulheres estavam obesos. Atualmente, 18% das mulheres estão obesas. Entre os homens, a obesidade é de 16%.
O estudo retrata os hábitos da população e seria um importante instrumento para desenvolver políticas públicas de saúde e estimular os hábitos saudáveis, mas depende de ações mais efetivas.
Nesta edição, foram entrevistados 45,4 mil pessoas em todas as capitais e no Distrito Federal, entre julho de 2012 a fevereiro de 2013.
Alimentação
O levantamento verificou o consumo de frutas e hortaliças está sendo deixado de lado por uma boa parte dos brasileiros. Apenas 22,7% da população ingere a porção diária recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de cinco ou mais porções ao dia. Outro indicador que preocupa é o consumo excessivo de gordura saturada: 31,5% da população não dispensam acarne gordurosa e mais da metade (53,8%) consome leite integral regularmente.Os refrigerantes também têm consumidores fieis - 26% dos brasileiros tomam esse tipo de bebida ao menos cinco vezes por semana.
Alimentação
O levantamento verificou o consumo de frutas e hortaliças está sendo deixado de lado por uma boa parte dos brasileiros. Apenas 22,7% da população ingere a porção diária recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de cinco ou mais porções ao dia. Outro indicador que preocupa é o consumo excessivo de gordura saturada: 31,5% da população não dispensam acarne gordurosa e mais da metade (53,8%) consome leite integral regularmente.Os refrigerantes também têm consumidores fieis - 26% dos brasileiros tomam esse tipo de bebida ao menos cinco vezes por semana.
Na revista Evidências em Obesidade de julho/agosto, o presidente da Abeso, Dr. Mario Carra, em seu editorial intitulado “Da desnutrição à Obesidade” alertou para o fato de que os países em desenvolvimento estão apresentando índices cada vez mais altos de sobrepeso e obesidade.
O México, por exemplo, já ultrapassou o número de obesos dos EUA. De acordo com relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), em julho do ano passado, 32,8% dos adultos mexicanos são obesos, frente a 31,8% dos norte-americanos. Cerca de 70% da população do México está acima do peso, e uma a cada seis pessoas sofre de diabetes. “Pessoas que antes eram desnutridas passam a sofrer com outro mal: o excesso de peso. Esse fenômeno vem ocorrendo, em especial, devido ao acesso cada vez maior a alimentos industrializados, que têm seu preço reduzido em comparação a alimentos saudáveis. Falta também estabelecer políticas de educação para uma alimentação saudável, envolvendo escola, família, mídia e a comunidade como um todo”, destaca Carra.
“Educação está diretamente associada a melhores hábitos alimentares”, concorda Maria Edna. O próprio Vigitel confirma isso. Frutas e hortaliças estão presentes regularmente no cardápio de 45% dos brasileiros que concluíram, no mínimo, 12 anos de estudo. O percentual reduz para 29% entre as pessoas que estudaram até, no máximo, oito anos.
Levando em consideração a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 400 gramas diárias de frutas e hortaliças, as proporções vão para 31% para quem tem 12 anos e mais de escolaridade e 18% para quem não conclui o ensino fundamental ou tem menos de oito anos de escolaridade.
A gordura saturada também é mais comum na mesa das pessoas com menos estudo: 32% comem carne com excesso de gordura e 53% bebem leite integral regularmente. Já entre a população com maior escolaridade, os percentuais registrados estão abaixo da média nacional, com 27% e 47%,respectivamente.
A pesquisa revela também que 45% da população com mais de 12 anos de estudo praticam algum tipo de atividade física (no horário livre de lazer). O percentual diminui para menos de um quarto da população(21%) para quem estudou até oito anos. Os homens (41%) são mais ativos que as mulheres (26%). A frequência de exercícios físicos no horário de lazer entre mulheres com mais de 12 anos de estudo (37%) é o único indicador da população feminina que figura acima da média nacional (33%).
Levando em consideração a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 400 gramas diárias de frutas e hortaliças, as proporções vão para 31% para quem tem 12 anos e mais de escolaridade e 18% para quem não conclui o ensino fundamental ou tem menos de oito anos de escolaridade.
A gordura saturada também é mais comum na mesa das pessoas com menos estudo: 32% comem carne com excesso de gordura e 53% bebem leite integral regularmente. Já entre a população com maior escolaridade, os percentuais registrados estão abaixo da média nacional, com 27% e 47%,respectivamente.
A pesquisa revela também que 45% da população com mais de 12 anos de estudo praticam algum tipo de atividade física (no horário livre de lazer). O percentual diminui para menos de um quarto da população(21%) para quem estudou até oito anos. Os homens (41%) são mais ativos que as mulheres (26%). A frequência de exercícios físicos no horário de lazer entre mulheres com mais de 12 anos de estudo (37%) é o único indicador da população feminina que figura acima da média nacional (33%).
O Vigitel traz informações importantes sobre a epidemia da obesidade e seu crescente avanço. Pode mostrar caminhos a seguir, mas é necessário, antes de tudo, vontade política para mudar essa realidade e para que não venhamos a ultrapassar os EUA e o México neste ranking. Este é um ranking que fazemos questão de ficar lá embaixo.
Dicas de nutrição:
1. Procure conhecer o valor calórico dos alimentos: leia atentamente o rótulo;
2. Procure alimentos com baixo teor de gordura ou sem gordura;
3. Lembre-se que um alimento que não contém açúcar pode conter muita gordura: novamente preste atenção no rótulo;
4. Procure evitar alimentos gordurosos, limitando-os a um máximo de 30% do valor calórico total diário;
5. Aumente os carboidratos complexos (como arroz, feijão e massas) e evite os carboidratos simples (como doces e açúcar);
6. Torne a dieta pobre em calorias apetitosa (use ervas, temperos diferentes);
7. Procure aumentar a quantidade de fibras na dieta (coma frutas com bagaço e verduras);
8. Procurar realizar uma atividade nos horários de maior vontade de beliscar : caminhar, ir ao shopping, sair com o cachorro,...
9. Quando der vontade de comer doces procurar os caseiros, sem creme de leite, leite condensado e chocolate;
10. Ingerir pelo menos 2L de líquidos por dia;
11. Sempre que der vontade de comer algo, tomar líquidos antes.
2. Procure alimentos com baixo teor de gordura ou sem gordura;
3. Lembre-se que um alimento que não contém açúcar pode conter muita gordura: novamente preste atenção no rótulo;
4. Procure evitar alimentos gordurosos, limitando-os a um máximo de 30% do valor calórico total diário;
5. Aumente os carboidratos complexos (como arroz, feijão e massas) e evite os carboidratos simples (como doces e açúcar);
6. Torne a dieta pobre em calorias apetitosa (use ervas, temperos diferentes);
7. Procure aumentar a quantidade de fibras na dieta (coma frutas com bagaço e verduras);
8. Procurar realizar uma atividade nos horários de maior vontade de beliscar : caminhar, ir ao shopping, sair com o cachorro,...
9. Quando der vontade de comer doces procurar os caseiros, sem creme de leite, leite condensado e chocolate;
10. Ingerir pelo menos 2L de líquidos por dia;
11. Sempre que der vontade de comer algo, tomar líquidos antes.
Fonte: http://www.abeso.org.br/