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sexta-feira, 7 de março de 2014

Esportes Radicais e a Diabetes


Esportes Radicais e Diabetes

Para algumas pessoas, praticar esportes radicais é uma loucura, para outras é uma diversão sem tamanho. Mas o que os praticantes dessa modalidade procuram? Muitos os praticam para escapar de uma rotina de estresse dos grandes centros urbanos, outros para descarregar as más energias e buscar a adrenalina, hormônio responsável por preparar os órgãos para um surto de atividades. A adrenalina provoca alguns sintomas como: aceleração das batidas do coração, aumento da oferta de oxigênio e do maior fluxo sanguíneo, dilatação das vias respiratórias, excitação, entre outros.
Já para pessoas que têm diabetes, há mais um sintoma, a alteração da glicemia. "O excesso de adrenalina faz com que o organismo busque, de forma rápida, uma grande quantidade de energia para executar as atividades emergenciais. Assim, a degradação do glicogênio e a promoção da fermentação lática proporcionam formação de ATP e disponibilidade de glicose. Além disso, nestes casos, ocorre a quebra de gorduras como fonte de energia e é estimulada a secreção de glucagon, que inibe a insulina, uma vez que esta age a fim de armazenar energia . Nestas situações, a regra vai de acordo com a disponibilidade energética muitas vezes ocasionando hiperglicemia", detalha Emerson Bisan, educador físico.
Por isso, há uma preocupação especial que as pessoas com diabetes precisam ter. "Cada esporte tem a sua duração e sua intensidade. Em modalidades que é possível fazer a automonitorização da glicemia, a melhor estratégia é medir a taxa com uma periodicidade maior que a do dia a dia e fazer as devidas correções. Por exemplo, um salto de paraquedas dura em média 30 segundos em queda livre. Se caso houver sintomas de hipoglicemia, por mais rápido que seja, nunca cairá mais de 50 mg/dl nesse tempo, então vamos sugerir uma taxa de segurança de 150mg/dl. Já nos casos de hiperglicemia, não temos o que fazer, pois nenhuma insulina traz grandes modificações em 5 minutos, mas após o pouso, a pessoa pode corrigir sem problemas", explica Emerson.
Em contrapartida, após a execução de uma atividade física, entra em ação a serotonina, hormônio responsável pelo humor, função sexual, apetite e comportamento social e sono. O exercício é uma forma de estimular a produção deste hormônio no cérebro. "A investigação científica tem mostrado que o exercício aumenta a produção de serotonina, que pode ajudar a regular o humor e outras funções físicas. O exercício físico faz com que haja mais liberação de serotonina. Os cientistas sabem também que a atividade aeróbica regular aumenta o acesso do seu cérebro para o aminoácido triptofano, a partir do qual sintetiza serotonina. Os cientistas ainda não entendem por que o exercício aeróbico regular tem esse efeito em seu cérebro. Após o exercício, os níveis do hormônio permanecem elevados no cérebro por dias. Isso pode aliviar os sintomas de depressão, ansiedade e insônia", explica Emerson.
O educador físico também nos detalha um estudo importante feito na Universidade do Texas Southwestern Medical Center, nos Estados Unidos, a serotonina tem propriedades anti-diabéticas. Os resultados da pesquisa realizada com ratos oferecem informações importantes e potenciais para o controle de glicose no sangue em seres humanos. Apesar de a pesquisa ser realizada em camundongos, ela fornece uma introspecção em potencial no controle de glicose no sangue em seres humanos.
Agora é só aguardar estudos mais conclusivos para que a serotonina possa ser uma aliada ao tratamento do diabetes.
fonte: /www.portaldebemcomavida.com.br

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